segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Ceni revela papo com Denis e projeta sucesso do reserva "por dez anos"


Ceni goleiros São Paulo (Foto: site oficial / saopaulofc.net)
Com a experiência de quem "esquentou banco" na época de Zetti, capitão receita paciência e diz que colega precisa aproveitar todos os momentos para aprender algo Com a renovação de contrato de Rogério Ceni, que assinou novo vínculo com o São Paulo até agosto de 2015, Denis terá de aguardar mais algum tempo para assumir o posto de principal goleiro da equipe do Morumbi. Ceni sabe disso e mostrou se importar com o sentimento do reserva.
Com a experiência de quem viveu situação parecida na década de 90, o camisa 1 do São Paulo já conversou com o seu reserva imediato para pedir que ele não perca o foco.

Ceni ficou por quatro anos na reserva de Zetti e diz que Denis tem qualidade suficiente para ter, no mínimo, uma década de sucesso como goleiro do São Paulo.

– Eu conversei com ele no dia seguinte, o Muricy conversou, a psicóloga conversou. Nosso relacionamento entre os goleiros é muito bom, apesar de só jogar um. Fui quatro anos esperando na reserva do Zetti, mesmo sentindo que estava pronto para jogar. E o Denis vive essa situação. Ele tem muita qualidade e é novo, tem 27 anos. O Muricy já disse que ninguém será contratado. Serão apenas alguns meses para tentarmos fazer algo na Libertadores – afirmou.

Para o capitão tricolor, Denis precisa aproveitar todos os momentos para ganhar experiência e criar bagagem suficiente para manter o foco e o nível das atuações assim que ganhar a chance de seguir atuando.

– Para mim, cada dia foi um aprendizado com o Zetti. Eu, Denis, Renan e Léo temos ótimo relacionamento, conversamos sobre tudo.  Analisando o Denis que chegou há cinco anos, vejo que ele evoluiu demais na reposição de bola, no posicionamento, no trabalho com os pés. Uma coisa que o ajuda também é que ele é de uma geração da medicina avançada. Como ele tem 27, poderá tranquilamente jogar até os 41 – analisou Ceni.


Na reta final do Campeonato Brasileiro, apesar do São Paulo já ter vaga garantida, Ceni não quer descanso. No domingo, contra o Sport, em Recife, o camisa 1 tem presença garantida..

Alvaro Pereira e Ganso levam terceiro amarelo e não jogarão última rodada


São Paulo X Figueirense (Foto: Marcos Ribolli)
Lateral-esquerdo e meia desfalcam o São Paulo contra o Sport, domingo, no Recife Com a vaga já garantida na fase de grupos da Taça Libertadores da América, o São Paulo se despedirá do Campeonato Brasileiro e da temporada 2014 na partida contra o Sport, domingo, na Arena Pernambuco, no Recife. E o técnico Muricy Ramalho não poderá contar com dois importantes titulares: Alvaro Pereira e Paulo Henrique Ganso, que levaram o terceiro cartão amarelo no empate em 1 a 1 com o Figueirense e terão de cumprir suspensão.
O lateral-esquerdo foi advertido pelo juiz Antonio Denival de Morais por cometer uma falta violenta em cima de William Cordeiro, do Figueirense. No início do segundo tempo, pouco após ser punido pela arbitragem, ele deixou o gramado para a entrada de Reinaldo.


Já Paulo Henrique Ganso ganhou sua nona advertência na competição após se desentender com o árbitro. Após marcar uma falta do são-paulino, o camisa 10 não gostou e chutou a bola para longe. Foi a 34ª partida do jogador no nacional. Muricy terá a semana toda para definir os substitutos, mas a tendência é que Reinaldo e Michel Bastos ganhem oportunidades.

Kaká se emociona no adeus: "Só aumentou meu amor pelo São Paulo"


Kaka, São Paulo X Figueirense (Foto: Marcos Ribolli)
Meia revela que Tricolor tentou prorrogar seu empréstimo, mas Orlando City recusou Aos 36 minutos do segundo tempo, subiu a placa do quarto árbitro com o número 8. Era a hora de sair de cena um dos maiores ídolos recentes da história do São Paulo. Substituído por Alexandre Pato, Kaká deixou o gramado ovacionado de pé pela torcida são-paulina no Morumbi. E após o apito final, no empate em 1 a 1 com o Figueirense, o meia se dirigiu aos torcedores para bater no peito e agradecer o carinho nesta que foi sua segunda passagem pelo clube.
Contratado pelo Orlando City no meio do ano, e repassado ao São Paulo por empréstimo até dezembro, já que a temporada nos Estados Unidos só começa em janeiro, Kaká teve poucos meses para desfilar seu futebol, mas se mostrou fundamental na campanha que levou o Tricolor à segunda colocação no Campeonato Brasileiro - com 70 pontos, o time já não corre risco de perder a posição, garantindo-se assim na fase de grupos da Libertadores.
Kaká disse sair com a sensação de dever cumprido. Ele não descarta uma volta ao clube que o revelou. 
- É emocionante sair daqui aplaudido deste jeito, uma emoção. Aqui é minha casa, aqui foi onde eu me tornei jogador. Espero que seja o final apenas de uma segunda etapa. Não sei o que o futuro me reserva. Acho que foi muito bom. O que fica é o jogo de quarta-feira, quando a torcida reconheceu o esforço de todo o time (após a eliminação nos pênaltis frente ao Atlético Nacional, na semifinal da Copa Sul-Americana). O time terminou em segundo lugar e vai disputar a Libertadores - disse Kaká.

- Foi feito um ótimo trabalho, tenho orgulho de ter vestido essa camisa novamente. Fiz muitos amigos, tive alegrias e isso tudo só aumentou o meu amor pelo São Paulo - emendou, ainda no gramado.
Depois, mais calmo, Kaká concedeu entrevista coletiva na sala de imprensa do Morumbi - o técnico Muricy Ramalho e o goleiro Rogério Ceni passaram pelo local, para prestigiar o meia.

- A semana em si tem sido muito emocionante. Conversamos muito para ver se tinha alguma possibilidade que eu ficasse. Foram dias de muita emoção. É difícil transmitir isso em palavras. O São Paulo fez uma última consulta, e o Flávio (dono do Orlando City) descartou. Se tivesse aval, eu ficaria mais seis meses sem pensar, com orgulho. Estou muito feliz com essa nova etapa na minha vida. Não me arrependo da escolha que fiz, vou acrescentar muito ao futebol americano e vou aprender bastante também - disse Kaká.

Em clima de festa no Tricolor, Muricy volta a cobrar reforços para 2015


Muricy Ramalho, São Paulo X figueirense (Foto: Marcos Ribolli)
Aniversariante, treinador que completou 59 anos diz que elenco é bom, mas não o suficiente para o próximo ano. "Não dá para trazer jogador mais ou menos"
O São Paulo garantiu a segunda colocação no Brasileiro e a vaga direta na fase de grupos da Libertadores de 2015 com o empate diante do Figueirense, por 1 a 1, e a derrota do rival Corinthians, goleado por 5 a 2 pelo Fluminense. A alegria do Tricolor neste domingo, dia de festa pela despedida de Kaká do Morumbi, também teve o aniversariante Muricy Ramalho, que completou 59 anos. Por conta da data, o treinador ganhou um bolo surpresa, que gerou uma "guerra" generalizada iniciada por Kaká. Emprestado pelo Orlando City até 31 de dezembro, o ídolo fez seu último jogo na casa são-paulina.
Apesar do clima de festa, Muricy voltou a cobrar reforços para o São Paulo em 2015. O treinador fez uma retrospectiva do seu trabalho no clube desde quando chegou em 2013, quando tinha a missão de salvar a equipe do rebaixamento, passando pela reformulação feita nessa temporada até o atual momento.
- Não se consegue nada no futebol sem planejamento e muita organização. Por acaso não dá. A pergunta é o que nós queremos. No ano passado nós brigamos para não cair e neste ano reformulamos, mas agora precisamos ganhar títulos. Então tem de trabalhar mais. E eu sou chato mesmo. Sei o que é isso. Conheço este clube mais do que ninguém. Às vezes tem de conversar duro em grandes empresas para crescer. Agora temos uma base boa, mas a pergunta é: dá só com isso? Não dá. Precisamos ser realistas. Temos de caprichar muito neste fim de ano - disse Muricy. 
- Sabemos as dificuldades. A diretoria está trabalhando. Não dá para trazer jogador mais ou menos. A camisa é muito pesada. Tem de trazer quem suporta. Como fizemos nesse ano: todos estão jogando, porque foi escolhido com critério. Então não temos o direito de errar - emendou o treinador.
Com o planejamento para 2015 em andamento, o Tricolor busca um zagueiro pela esquerda, um volante e um lateral-direito. Questionado sobre se o clube também precisa de um substituto para Kaká, Muricy lamentou principalmente a perda do bom ambiente gerado pelo meia no dia a dia.

- Como pessoa é impossível. Sinceramente é muito difícil, porque é um cara muito acima da média. Ele se entrega. Muitos jogadores cresceram com a chegada dele. É um exemplo de atleta. Com tudo o que tem e fez, chegava cedo e treinava muito, porque precisa disso. A parte física sempre foi o forte dele. É excepcional como pessoa. Sinceramente, estou há muitos anos nisso, e encontrar um cara que ganhou tudo o que ele venceu e ser desse jeito é difícil. No campo podemos achar uma outra maneira de jogar. Ele faz falta também como um cara que orienta em campo. O Rogério é o nosso capitão e líder, mas fica longe. E o Kaká fica perto dos jogadores. Ele sabe fazer isso. Substituir como caráter e pessoa é muito difícil. Como jogador é possível - disse Muricy.