segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Kardec e Fabuloso se encaixam e dividem gols no ataque do São Paulo


Luis Fabiano São Paulo x Internacional (Foto: Marcos Ribolli)
Ex-palmeirense marcou em quatro jogos seguidos e agora vê camisa 9 balançar as redes adversárias em três partidas consecutivas O técnico Muricy Ramalho, do São Paulo, sempre fala que um grande time não é formado por apenas 11 titulares e sim, por um plantel de qualidade. O ataque tricolor talvez seja o melhor exemplo para reforçar essa tese. Antes concorrentes por uma vaga no time, Alan Kardec e Luis Fabiano se encaixaram bem atuando juntos. 
Kardec é titular inquestionável, custou R$ 13,5 milhões aos cofres do São Paulo e, após enfrentar um jejum de 11 jogos sem marcar, balançou as redes adversárias por quatro partidas consecutivas (Goiás, Criciúma e nos dois confrontos contra o Emelec). Na sequência, Luis Fabiano voltou a ser titular e repetiu o desempenho do parceiro de ataque. Foram três gols em três jogos seguidos (contra Vitória, Internacional e Palmeiras). O camisa 9 é o artilheiro do time em 2014, com 20 gols marcados.
Muricy Ramalho encontrou uma forma de os dois atuarem juntos quando Alexandre Pato sofreu lesão muscular que o afastou dos gramados por quatro semanas. O camisa 11 retornou no clássico do último domingo, diante do Palmeiras, e ficou no banco.

- Troca um, entra o outro, e o desempenho se mantém. Muito disso é porque o time se adapta aos jogadores. Tanto que o nosso time tem o segundo melhor ataque do campeonato e faz gols em praticamente todos os jogos - explicou. Com 57 gols, o Tricolor só perde para o Cruzeiro, que tem 60.
O goleiro Rogério Ceni também elogia a dupla de atacantes.
- O Luis e o Kardec são dois caras importantíssimos. Marcam gols e ajudam demais o time. Quem ganha com isso é o treinador, que tem opção de escalar como acha melhor. Eles foram os responsáveis pelos últimos resultados da equipe - analisou.

Ceni joga último clássico no Morumbi, mas avisa: "Quero um título este ano"


Faixa Rogério Ceni São Paulo (Foto: Marcelo Hazan)
O provável último clássico de Rogério Ceni no Morumbi teve final feliz para o goleiro, que viu o São Paulo ganhar do Palmeiras por 2 a 0, neste domingo, e se manter firme na vice-liderança do Campeonato Brasileiro. Após a partida, Ceni evitou falar abertamente que está decidido a parar e preferiu citar novas partidas no estádio – as fases finais da Copa Sul-Americana, por exemplo.
– Acho que deve ser (o último clássico no Morumbi). Se chegar a uma final de Sul-Americana, não podemos desconsiderar um clássico contra time argentino (River Plate ou Boca Juniors) – disse o goleiro.
Ceni diz não estar pensando no momento do adeus, ainda mais com o São Paulo vivo em duas frentes.
– Empolgado para parar ninguém fica. Estou lidando jogo a jogo. Quero ser campeão, ganhar um título esse ano, mas o Cruzeiro não está facilitando para nós. Meu objetivo é chegar ao final do ano com um título – afirmou.
Questionado mais uma vez sobre a despedida, Rogério Ceni disse não estar repensando sua decisão. Pelo menos por enquanto.
– Não estou repensando. Estou pensando em ser campeão, adoraria encerrar com um título e a única oportunidade que está restando é a Sul-Americana. Gostaria que fosse no Brasileiro, mas a diferença não está caindo – lamentou o goleiro.
A vitória no clássico levou o São Paulo aos 66 pontos na tabela, quatro atrás do Cruzeiro. O Tricolor, porém, tem um jogo a mais em relação ao rival, pois enfrentou o Internacional na quarta-feira passada, em partida antecipada da 35ª rodada. O time agora enfrenta o Atlético Nacional, pela semifinal da Sul-Americana, nesta quarta.

Muricy exalta equipe e opina sobre Ceni: "Ainda tem um pouco para dar"

Treinador diz que São Paulo joga com segurança e que, se tivesse formado o time atual mais cedo, estaria na frente do Cruzeiro. Ele espera que goleiro continue Uma vitória de um time que vive um momento consistente, que sabe o que faz em campo e que, mesmo diante das dificuldades, consegue se manter na briga pelas duas competições. Foi dessa maneira que o técnico Muricy Ramalho analisou o triunfo POR 2 a 0 sobre o Palmeiras, Neste domingo, pela 34 rodada do Brasileirão. O resultado deixou o time a quatro pontos do líder Cruzeiro, que ainda tem um jogo a mais para realizar.
- Começamos muito bem no primeiro tempo. No segundo, o time acusou um pouco o desgaste, mas depois cresceu novamente e mereceu a vitória. A equipe está muito segura, faz gols em todos os jogos, sabe o que precisa fazer - afirmou.
O treinador também voltou a falar sobre o goleiro e capitão Rogério Ceni, que deve se aposentar ao final da temporada. O treinador deixou claro que o camisa 1 ainda tem lenha para queimar.
- Sou um cara que dou opinião e não me importo. Lamentamos quando um cara desse vai parar. É ele que escolhe. Se parar, será no auge, é o melhor goleiro do Brasil. Minha opinião é que ele ainda tem coisa para dar, mas é ele que decide.
O treinador projetou ainda o duelo contra o Nacional de Medelim, quarta-feira, na Colômbia, pelas semifinais da Copa Sul-Americana.

Veja os principais tópicos da entrevista do treinador.

Momento da equipe
- Infelizmente, fomos formando o time na competição. A maneira de jogar também. Viemos de uma grande mudança de 2013 para cá. Acho que o São Paulo está fazendo um grande campeonato. O Cruzeiro é o grande favorito, se preparou para isso e é assim que se funciona no futebol. Só agora estamos brigando.
Luis Fabiano goleador
- A filosofia de trabalho é assim. Ele sabe que precisa fazer gols e está fazendo. Além disso, está brigando pelo time, coisa que não fazia. O Luis é que se escalou. Mas ele sabe que precisa continuar nesse nível porque o Pato está de volta. Sobre o fato dele quase ter tirado a camisa, acho que está errado. Não existe isso. Tomar cartão por causa disso é absurdo e ainda prejudica o patrocinador.
Michel Bastos será o substituto de Kaká?
- Não adianta ter apenas ele. Para o ano que vem, vamos fazer como o Cruzeiro. Fecharemos o ano com uma base formada e traremos apenas peças de qualidade, que cheguem para encaixar no time. O Michel com certeza é versátil e isso ajuda muito. É esse tipo de jogador que é valorizado. Mostra que contratamos bem. Joga bem em todos os lugares e tem uma condição física privilegiada.
Nacional de Medelim também está desgastado
- Eles tinham um jogo hoje pela semifinal do campeonato colombiano e também usaram suas principais peças. Conversamos muito na preleção que a vitória era muito importante não só para manter a briga pelo brasileiro, mas também para manter a confiança na temporada.
Time vive o ápice da temporada?
- Estamos num bom momento, jogando muito bem. O que me preocupa é o lado físico, você vê os caras reclamando demais do desgaste. Estamos indo na confiança, ganhando jogos. Se tivéssemos esse time desde o começo do campeonato, estaríamos na frente.
Teme pressão na Colômbia?
- De maneira nenhuma. É um dos melhores lugares para se jogar. Os colombianos são muito educados. Se não me engano, o campo do Bogotá não tem alambrado e ninguém põe o pé para fora. Sempre fomos muito bem tratados.